Poda das árvores
A poda é uma
atividade muito importante e frequente no ambiente urbano. O modo como ela é
realizada interfere diretamente nas qualidades das espécies arbóreas e na
manutenção das mesmas.
As finalidades da poda são distintas, entre elas, a poda de limpeza (remoção de ramos doentes ou
mortos), poda de formação (conferir
crescimento ereto a árvore e permitir a livre passagem dos pedestres), poda de emergência (remover partes da árvore
que possam colocar em risco a vida humana, patrimônio público ou particular), poda de adequação (ajustar as relações da
árvore com equipamentos urbanos).
Um bom programa
de podas em um viveiro permite a formação de mudas adequadas para o ambiente
urbano, ou seja, elas apresentam ausência de ramos laterais e copa a 1,8 metros
distantes do chão, com isso evitam-se outros tipos de intervenções que poderiam
comprometer a sanidade da planta. Em casos que a poda seja realmente
necessária, ela deverá seguir alguns critérios e ser bem feita. Por exemplo,
para os ramos com mais que 5 centímetros de diâmetro, utiliza-se o método
de “três cortes”. “Primeiramente, faz-se um corte na parte inferior do galho, a
uma distância do tronco equivalente ao diâmetro do galho, ou no mínimo 30 cm.
Este corte não precisa ser profundo, sendo 1/3 do diâmetro do galho suficiente.
O próprio peso do galho dificultará a ação da serra. O segundo corte é feito na
parte superior do galho, distante de 2 cm a 3 cm acima do corte inferior, até a
ruptura do galho. O terceiro corte visa eliminar o toco remanescente. Sem estar
sendo forçado pelo peso do galho, este corte muitas vezes deve ser feito de
baixo para cima, preservando-se o colar e a crista de casca intactos. Isto
porque a serra nem sempre pode ser corretamente posicionada na parte superior
do galho, devido ao ângulo de inserção muito pequeno.”
(Manual de arborização rgers.com.br/gestao_ambiental/arborizacao_e_poda/introducao.asp).
A poda deve
sempre levar em conta a formação de uma arquitetura bem equilibrada, assim,
evita-se o enfraquecimento da planta e consequentemente as quedas. Deve-se
tomar cuidado no momento da poda para não danificar a região da crista da casca
superior e colar do ramo, pois isso implicará negativamente na cicatrização do
mesmo. A má cicatrização do caule pode acarretar a entrada de patógenos na
planta e provocar o seu apodrecimento, que põe em risco a vida humana devido ao
aumento de queda de suas partes ou do todo.
Foto ilustrativa da crista da casca e do colar. Nesta imagem verificamos
que a poda foi mal realizada, pois deixaram um “toco" e isso com certeza
vai afetar a sanidade da planta. No entanto, se fosse aplicado corretamente o
método de "três cortes" a cicatrização do caule poderia evitar danos
maiores a planta.
A equipe
responsável pela atividade de poda deve utilizar equipamentos de proteção
individual (EPIs), pois se trata de um exercício com certo grau de risco. Além
disso, o treinamento da equipe é fundamental, principalmente no manuseio da
motosserra. Dessa maneira, verificamos que a poda é por
vários motivos uma atividade muito relevante no meio urbano e quando bem feita
não traz maiores danos. No ambiente urbano, ela é responsabilidade da
prefeitura e nós como cidadãos devemos exigir um serviço de qualidade, visto
que quando bem realizado, diminui-se os riscos e quedas de árvores, evita-se
acidente envolvendo pedestres e equipamentos urbanos e também, economiza-se
dinheiro público com replantios e reparos dos acidentes causados pela queda de
ganhos e árvores.
Felipe Furtado Frigieri
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