Bosque do Compromisso, Pq do Estado II, Mogi Mirim - SP, Brasil.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Aula Prática de Agrofloresta
com o Mestre "Ernest"
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=W-UGjSz_rRU&feature=related

ADOTE UMA NASCENTE


O Programa

O programa Adote uma Nascente, criado pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), tem como objetivo incentivar a proteção de nossos recursos hídricos por meio da identificação, cadastro e compromisso de proteção das nascentes.
Aqueles que tiverem uma nascente em sua propriedade, mas não tiverem recursos para preservá-la, poderão disponibilizar a área para ser adotada por outra pessoa ou entidade.
Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá adotar uma nascente e garantir a proteção, manutenção ou recuperação da vegetação em seu entorno.
Um agricultor familiar, um fazendeiro, um empresário, uma escola ou universidade, uma ONG, ou a própria prefeitura podem fazer a adoção.
A SMA tem o papel de aproximar os proprietários que não possuem recursos próprios para recuperar suas nascentes, dos interessados em financiar a recuperação da área.
A adoção de uma nascente é um compromisso com a qualidade da água e preservação de córregos e rios.

Como Participar

Qualquer pessoa, física ou jurídica pode cuidar de uma nascente garantindo a proteção, manutenção ou recuperação da vegetação em seu entorno.
Um agricultor familiar, um fazendeiro, um empresário, uma escola ou universidade, uma ONG, ou a própria prefeitura podem cumprir com esse objetivo de três formas: cadastrando as nascentes já preservadas, indicando àquelas que precisam de projetos de recuperação e ainda, adotando estas nascentes.
Escolha uma das opções de participação no programa e ajude ao meio ambiente!

Se você quer adotar uma nascente

Se você quer adotar uma nascente e garantir sua proteção e recuperação da vegetação do entorno preencha o formulário abaixo.
Se você não encontrar uma nascente de sua preferência (localização, custo, situação da área), mas ainda tem interesse em adotar uma nascente, informe no campo “observações” as especificações mais adequadas às suas possibilidades.
Para informações técnicas recomendamos a leitura da publicação
“Preservação e Recuperação das Nascentes de Água e Vida”.
Custos estimados para adotar uma nascente
O custo para preservar ou recuperar uma nascente varia conforme a situação em que ela se encontra (mais ou menos degradada) e a região onde está localizada (existência de remanescentes de vegetação nativa nas proximidades, necessidade de cercamento, etc).
Os custos abaixo se referem a duas situações diferentes, podendo existir outras, com custos variáveis:
Nascente relativamente conservada
  • Presença de capim que dificulta a regeneração da mata ativa.
  • Não há presença de gado, o que em princípio dispensa o cercamento.
  • Há remanescentes de vegetação próximos, com alto índice de biodiversidade.
  • A atividade realizada é o coroamento das mudas e árvores menores, capinando ao seu redor e recobrindo com palha seca.
Custo médio:
  • Manutenção (durante 24 meses): R$100,00 por mês
Nascente degradada
  • Recoberta por capim, ausência de regeneração natural, ausência de banco de sementes/plântulas, presença de gado no entorno, solo pobre   em nutrientes.
  • Não há remanescentes de vegetação significativos nas proximidades.
  • A técnica empregada é o plantio em área total.
Custo médio:
  • Cercamento e implantação: R$ 4.500,00
  • Manutenção (durante 24 meses): R$ 350,00 por mês

Se você quer disponibilizar uma nascente para adoção

Se você tem uma nascente em sua propriedade, mas não tem recursos para preservá-la, poderá disponibilizar a área para ser adotada por outra pessoa ou entidade.
Informe os dados da sua nascente no formulário abaixo.
Assim que sua nascente for escolhida para adoção, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo entrará em contato para dar início ao processo de adoção.

Se você quer cadastrar uma nascente preservada

Se você possui uma nascente preservada em sua propriedade, cadastre e participe do programa. Desta forma você terá a oportunidade de mostrar o seu respeito com o meio ambiente.
Fonte: www.ambiente.sp.gov.b


terça-feira, 9 de outubro de 2012

AGRICULTURA    MANDALA
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=jb57rH6wSoo&feature=related
ALIMENTO ORGÂNICO
"O SONHO DA AUTOSSUFICIÊNCIA"
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=gm1hqDWjacM&feature=endscreen&NR=1
AGRICULTURA ORGÂNICA
EMBRAPA
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=bd1GinLhZQE&feature=related

Agroecologia 

Ciência e Movimento Social




Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=Ugz58wyNsIM&feature=related
O VENENO ESTÁ NA MESA



Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=KxY8Vxzfb-4&feature=related



QUEIMADAS E SUAS 
CONSEQUÊNCIAS

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=VqglELuprVY
O NOSSO LIXO DE CADA DIA

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=HhMDeA0Bj5g&feature=related

sexta-feira, 28 de setembro de 2012


Aquecimento global é fogo

 

Agência FAPESP – O fogo aquece – e mais do que se imaginava. De acordo com um artigo publicado na edição desta sexta-feira (24/4) da revista Science, o efeito do fogo nas mudanças climáticas globais é mais profundo do que se acreditava e deve ser encarado com preocupação ainda maior do que a atual.
O artigo aponta o que a ciência sabe e o que desconhece a respeito do impacto do fogo na biodiversidade, clima e reservas de carbono do planeta e destaca que as queimadas ligadas ao desflorestamento são responsáveis por cerca de 20% do aquecimento global promovido pela ação do homem.
“O total pode aumentar em pouco tempo. Está muito claro que o fogo é um catalisador primário das mudanças climáticas globais. O artigo que escrevemos é um chamado à ação para que os cientistas investiguem e avaliem melhor o papel do fogo no sistema terrestre”, disse Thomas Swetnam, da Universidade do Arizona, um dos autores.
O texto é assinado por um grupo internacional de pesquisadores, entre eles Paulo Artaxo, professor titular e chefe do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, coordenador do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e ex-coordenador da área de geociências da FAPESP.
Os autores apontam que todos os episódios de queimadas e incêndios combinados liberam na atmosfera uma quantidade de dióxido de carbono equivalente à metade de tudo o que deriva da queima de combustíveis fósseis.
Os cientistas alertam que a capacidade do homem de lidar com o fogo pode cair no futuro, à medida que as mudanças climáticas alteram padrões de queimadas e incêndios. O risco, entretanto, é difícil de avaliar, uma vez que os fogos estão ainda precariamente representados em modelos climáticos globais.
Mas eles ressaltam que, na última década, incêndios de grande dimensão e difíceis de controlar ocorreram em todos os continentes em que há vegetação disponível, independentemente dos programas de combate a tais episódios desenvolvidos em diversos países.
“O fogo é obviamente uma das principais respostas às mudanças climáticas, mas ele não é apenas isso, ele retroalimenta o aquecimento, que alimenta mais fogos”, disse Swetnam. A fuligem liberada na atmosfera também contribui para o aquecimento.
Quando a vegetação queima, a quantidade de dióxido de carbono liberado aumenta o aquecimento global. Quanto mais incêndios e queimadas, mais dióxido de carbono é liberado e mais aquecimento é promovido. E, quanto mais elevadas as temperaturas no planeta, maiores são as chances de se ter mais fogo.
Os autores pedem que iniciativas como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) reconheçam a importância do fogo nas mudanças climáticas e o integrem mais adequadamente em modelos e relatórios futuros.
“O fogo é tão elementar como o ar e a água. Nós vivemos em um planeta de fogo. Somos uma espécie do fogo. Ainda assim, seu estudo tem sido muito fragmentado. Sabemos bastante sobre o ciclo do carbono e do nitrogênio, mas muito pouco sobre o ciclo do fogo”, disse Jennifer Balch, do Centro Nacional para Análises e Sínteses Ecológicas em Santa Bárbara, Estados Unidos.

Limites da Terra


Agência FAPESP – Identificar e quantificar os limites da Terra que não podem ser transgredidos ajudaria a evitar que as atividades humanas continuem causando mudanças ambientais inaceitáveis. A afirmação, de um grupo internacional de cientistas, está em artigo destacado na edição desta quinta-feira (24/9) da revista Nature.
Segundo eles, a humanidade deve permanecer dentro dessas fronteiras para os processos essenciais do sistema terrestre se quiser evitar alterações ambientais de dimensões catastróficas. Esses limites representariam os espaços seguros para a ação e para a vida humana.
O conceito de limites (ou fronteiras) planetários representa um novo modelo para medir as agressões ao planeta e define espaços seguros para a existência humana. Seguros tanto para o sistema terrestre como para o próprio homem, por consequência.
Johan Rockström, da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e colegas sugerem nove processos sistêmicos principais para esses limites: mudanças climáticas; acidificação dos oceanos; interferência nos ciclos globais de nitrogênio e de fósforo; uso de água potável; alterações no uso do solo; carga de aerossóis atmosféricos; poluição química; e a taxa de perda da biodiversidade, tanto terrestre como marinha.
Para três desses limites da ação humana – ciclo do nitrogênio, perda da biodiversidade e mudanças climáticas –, os autores do artigo argumentam que a fronteira aceitável já foi atravessada. Afirmam também que a humanidade está rapidamente se aproximando dos limites no uso de água, na conversão de florestas e de outros ecossistemas naturais para uso agropecuário, na acidificação oceânica e no ciclo de fósforo.
O estudo dá números para esses limites. Para o ciclo do nitrogênio, por exemplo, antes da Revolução Industrial a quantidade de nitrogênio removido da atmosfera para uso humano era zero. O limite estabelecido pelo estudo é de 35 milhões de toneladas por ano. Parece muito, mas os valores atuais são de 121 milhões, mais de três vezes além do limite aceitável.
A taxa de perda de biodiversidade, calculada em número de espécies extintas por milhão de espécies por ano era de 0,1 a 1 até o início da era industrial. O limite proposto pelo estudo é de 35, mas o valor atual passou de 100.
O consumo de água potável por humanos era de 415 quilômetros cúbicos por ano antes da Revolução Industrial. Hoje, chegou a 2.600, perigosamente próximo ao limite sugerido de 4.000 quilômetros cúbicos por ano.
Os pesquisadores destacam a necessidade de se estabelecer os limites também para a emissão de aerossóis atmosféricos e de poluição química, apesar de não haver, atualmente, dados suficientes para tal definição.
Transgredir uma única dessas fronteiras planetárias por um tempo demasiadamente longo é o suficiente, argumentam, para promover alterações ambientais “abruptas e inaceitáveis que serão muito danosas ou até mesmo catastróficas à sociedade”. Além disso, quando um limite é derrubado, os níveis de segurança dos outros processos acabam sendo seriamente afetados.
“Embora a Terra tenha passado por muitos períodos de alterações ambientais importantes, o ambiente planetário tem se mantido estável pelos últimos 10 mil anos. Esse período de estabilidade – que os geólogos chamam de Holoceno – viu civilizações surgirem, se desenvolverem e florescerem. Mas tal estabilidade pode estar em risco”, descrevem os autores.
“Desde a Revolução Industrial, um novo período surgiu, o Antropoceno, no qual as ações humanas se tornaram o principal condutor das mudanças ambientais globais”, destacam. Segundo os pesquisadores, se não fosse a pressão promovida pelo homem, o Holoceno continuaria ainda por muitos milhares de anos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MAPAS DE PRECIPITAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO PARA AS PRÓXIMAS 96 HORAS










ÁRVORES BRASILEIRAS 

O cenário de Caminha 

Há 18 anos, o engenheiro agrônomo Harri Lorenzi recupera em livros e em viveiros de plantas a paisagem do Descobrimento 



Pela rota do engenheiro agrônomo Harri Lorenzi, aumentou muito nesses 500 anos o tempo de viagem para quem quer descobrir o Brasil. Pedro Álvares Cabral levou menos de seis semanas. Lorenzi procura há mais de 18 anos aquele "arvoredo tanto, e tamanho, e tão basto, e de tanta folhagem, que não se pode calcular", descrito por Pero Vaz de Caminha. Desde 1981, ele pesquisa, identifica, fotografa e reproduz em viveiro árvores nativas, juntando uma paisagem que se espalhou pelo país em retalhos cada vez mais esparsos. Isso lhe custa viajar em média 80 mil quilômetros por ano. Só a sucupira-amarela exigiu 10 mil quilômetros de buscas. Muitas árvores não achou até hoje. Mas o pau-santo, depois de 15 anos, é o seu troféu favorito: "Quando topei com o primeiro, fiquei maravilhado. Ele ocorre muito raramente na Serra da Bodoquena, quase na fronteira com a Bolívia. Dele, só conseguimos tirar até agora meia dúzia de mudas", diz. 

O descobrimento, para Lorenzi, "é um projeto sem fim". Começou por acaso, quando trabalhava para a Copersucar, encarregado da restauração de matas ciliares nas bordas dos canaviais em São Paulo. Tinha de arborizar margens de rios e reservas nas usinas da cooperativa. Sem que a lei exigisse, tomou a iniciativa de fazer o reflorestamento com mudas brasileiras. Não adiantava encomendá-las aos viveiros paulistas, que só lhe ofereciam espécies exóticas. O remédio foi buscá-las na natureza, onde o cenário original do país anda tão rarefeito que era preciso colher amostras na beira de um precipício sem fundo chamado extinção. Juntou 1.004 espécies. Muitas constavam apenas dos álbuns dos artistas que ilustraram expedições de naturalistas no século passado.
 

Lorenzi tornou-se, portanto, herdeiro direto de Rugendas, Florence e Taunay, retratistas do Brasil ainda jovem. "A velocidade do desaparecimento é tanta que às vezes fico angustiado com a falta de tempo", lamenta ele. Testemunhou, no oeste da Bahia, o enterro do cerrado, sob fazendas de soja que não poupam nada do que encontram pelo caminho.
 

Assim surgiu, em 1992, o primeiro volume de Árvores Brasileiras, Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil, com 352 espécies. Sete anos depois, multiplicou-se em dois volumes e 704 árvores. Há outras 300 na fila de um terceiro volume. Era obra técnica, destinada a especialistas e feita para ter crescimento literalmente vegetativo. Lorenzi só publica o que cultiva com sucesso em seu horto particular de Nova Odessa (SP). O livro escalou sozinho a prateleira dos best-sellers. Vendeu mais de 60 mil exemplares, a R$ 80 o volume. É tão raro em livrarias quanto pau-brasil em praça pública. Para comprá-lo, só ligando para a editora Plantarum, que atualmente está plantada na Internet, mas antes se escondia na casa do autor. Lorenzi, que cuida pessoalmente de tudo - da fotografia à paginação -, considera-se até hoje "péssimo vendedor". Aliás, também não acha que seja editor: "No primeiro livro usei fundo cor-de- abóbora. Quem entende de artes gráficas não faz uma coisa dessas". Mas cinco anos atrás descobriu que seu salário de agrônomo na Copersucar não dava um quinto do que os livros lhe rendiam. Largou o emprego e virou caçador de árvores em tempo integral.
 



Lorenzi nunca recebeu um tostão de ajuda oficial para fazer esse guia nostálgico do Brasil que não está mais no mapa. Em compensação, mais de uma vez foi parado em estrada por não ter licença do Ibama para o transporte de mudas, aprendendo que "aqui às vezes devastar é mais fácil do que cultivar". Recebe, pelo correio ou por e-mail, a média de 500 consultas por semana. São escolas, universidades e agências governamentais pedindo livros e plantas. As mudas, ele dá. Os livros, nem sempre. Só se queixa das ocasiões sem conta em que flagrou reproduções de suas imagens em trabalhos alheios: "Outro dia, dei uma batida na Internet. Em meia hora, achei 12 exemplos de pirataria. E o pior é que a maioria era feita por gente do governo".
 

Vivendo de direitos autorais sem deixar de ser um ilustre desconhecido, ele foge de publicidade. "Para o que eu faço, ser muito conhecido só atrapalha. Vivo invadindo a propriedade dos outros para colher amostras. Prefiro que não saibam quem eu sou", explica. No Pará, já foi expulso a tiros por dois homens armados. Pulara a cerca do que lhe parecia um pasto abandonado para inadvertidamente fotografar árvores no front da luta pela terra. Viaja quase sempre na companhia de um botânico capaz de escalar qualquer tronco. Gasta cerca de R$ 5 mil por excursão, pagando guias, barcos e passagens. Vive a bordo de um jipe Pajero, novo, mas sempre tingido de barro e poeira, carregado como caminhão. Aos 50 anos, dá a impressão de ser ele próprio o resultado de um enxerto. Usa caneta Cartier de ouro e botinas de elástico. Fala com sotaque meio caipira e vocabulário recheado pelo latim das classificações científicas. Tem cinco livros publicados pela Plantarum e já deu aula em Harvard, mas aos 17 anos estava empacado no antigo primeiro grau.
 

Nessa época, inscreveu sua roça de milho num concurso agrícola em Corupá, Santa Catarina, onde seus pais vivem. "É uma região fantástica, no pé da Serra do Mar, onde até hoje se retira das matas a madeira de construção sem derrubar a floresta inteira", conta. Nisso, considera-se privilegiado: "Posso voltar ao lugar onde nasci e encontrar as coisas como eram na minha infância". Quem premiou seu milharal foi um técnico agrícola cujo nome jamais saiu de seu currículo: Dejair Pereira. "Ele me perguntou por que eu não terminava os estudos. Foi como um empurrão. Saí correndo para me matricular às vésperas de começarem as aulas."

No primeiro ano, tirou 10 em todas as matérias e o aconselharam a ulprapassar o antigo segundo grau num curso de madureza. Tirou diploma em um ano. Inscreveu-se no exame de um colégio agrícola em Araquari. Passou em primeiro lugar. Um ano depois, fez vestibular para Agronomia em Curitiba. Outro primeiro lugar. Ganhou bolsa para o mestrado no Tennessee, nos Estados Unidos. Só não emendou no PhD porque, a seu ver, "estava ficando velho demais para estudar".
 

Ultimamente, cultiva o projeto de fazer um jardim botânico que seja "um manifesto contra os jardins botânicos existentes no país". Ali, promete que todas as plantas "terão nome, com placas bem pesadas para ninguém tirar", para apresentar aos visitantes as árvores do Brasil. Os brasileiros, segundo Lorenzi, não sabem o nome das plantas nativas porque vivem cada vez mais longe delas: "Nos Estados Unidos, a gente vê crianças nos parques com os pais lhes ensinando como as árvores se chamam. Aqui quase só se plantam espécies importadas. Os portugueses trouxeram jaqueiras, mangueiras e flamboiaiãs, que agora parecem mais típicas do país do que nossas próprias árvores. Pelo menos 80% de nossa flora urbana é exótica. É pena, pois bastaria usar árvores brasileiras em paisagismo para garantir sua preservação".
 

Harri Lorenzi não é propriamente um ambientalista. Já foi perito em erradicação de ervas daninhas, assunto de seu primeiro livro, patrocinado pela Cyanamid, fabricante de pesticidas. Também não é um botânico. Recentemente, espantou-se quando na platéia de um congresso internacional um americano pediu verbas para catalogar as árvores brasileiras antes que elas se acabem: "De que adianta coletar uma planta extinta?" Sua especialidade é outra: simplesmente descobrir o Brasil.

Marcos Sá Corrêa

21/09 DIA DA ÁRVORE, RESPEITE, PROTEJA, PLANTE...



terça-feira, 18 de setembro de 2012


Porque plantar árvores nativas


Aqui estão alguns dos motivos para você plantar não uma, mas várias árvores, e ajudar a natureza!
Uma árvore adulta pode absorver do solo até 250 litros de água por dia. Imagine como elas poderiam ajudar para não ocorrerem tantas enchentes, das quais matam e deixam muitas pessoas sem casas!
Junto com toda essa água absorvida, muitos nutrientes de matérias orgânicas (como as fezes dos animais) são absorvidos pelas raízes e transformados através da fotossíntese, em alimento para a toda a planta. Por sua vez, folhas, frutos, madeira e raízes servirão de alimento para diversos seres vivos. Os animais por sua vez, irão defecar o que comeram, e as folhas e frutos que não serviram de alimento caem no solo.
Folhas, frutos e fezes de volta ao solo, e todo o ciclo recomeça. A camada de folhas que se formam a baixo das árvores servem de berço para as sementes, e para proteger o solo dos pingos da chuva. Cada pingo de chuva que cai diretamente no solo, causa erosão. A erosão do solo pode ser prejudicial em vários casos:
Em rios – a erosão leva terra e areia para o leito (fundo) do rio, fazendo com que o rio fique mais raso, com menor capacidade de guardar água, causando a falta de água nos meses de pouca chuva, além da morte dos peixes.
Para o Solo – a erosão leva embora as sementes que poderiam germinar e recompor a vegetação natural. Ou seja, solo desprotegido tende a continuar desprotegido.
Para os animais – a erosão pode levar embora ninhos de animais que os fazem no chão, e tampar os de diversos outros animais, matando os filhotes que estão dentro. Além do mais, sem vegetação e frutos para alimentá-los, eles vão embora ou morrem de fome.
Para os lençóis freáticos – os solos sem vegetação, por não terem raízes e minhocas para deixá-lo fofo, não tem uma boa absorção de água. Além do mais, como não há barreiras para a água, ela vai embora rapidamente, não dando tempo para a água da chuva penetrar no solo. Com isso os lençóis freáticos secam, acabando assim com muitos rios e conseqüentemente com nossa água potável.
A copa das árvores também protege o solo da chuva direta, sem contar que suas raízes seguram firmemente o solo. As raízes de árvores que estão nas beira de rios, aparecem as vezes dentro do rio, parecendo cílios. Essas raízes além evitarem a erosão, servem de casa para muitos animais. Por causa destes cílios, a mata próxima aos rios é conhecida pelo nome de Mata Ciliar.
Uma árvore isolada pode transpirar, em média, 400 litros de água por dia, produzindo um efeito refrescante equivalente a 5 condicionadores de ar com capacidade de 2.500 kcal cada, funcionando 20 horas por dia. Este vapor se mistura com as partículas de poluição do ar, e quando se acumulam em nuvens, caem em forma de chuva. Portanto, as árvores ajudam também na retirada de poluentes do ar!
Além do mais, este vapor ajuda a equilibrar o clima da região. Isso é facilmente percebido em parques e florestas que tem seu clima mais fresco.
Outro ponto que podemos notar até mesmo em parques no meio de grandes cidades, é o silêncio! As árvores formam uma parede que impede a propagação dos ruídos. Cercas vivas estão sendo muito utilizadas hoje em dia para criar ambientes mais silenciosos e aconchegantes (além de bonitos).
Em um bosque frondoso, a copa das árvores acumula a maior parte da radiação solar, o que significa que o chão, permanecendo quase todo o dia na penumbra, é bem mais fresco.
Assim se define um microclima – ou seja, um local restrito, ou isolado da região em torno. Desta forma, a temperatura na região de um bosque, no verão, pode ser 5 graus centígrados mais alta que a do próprio bosque.
As metrópoles são outro tipo de microclima – nesse caso porque geralmente estão cobertas por massas de ar quente, situadas a cerca de 120 metros de altura, criadas pela poluição.
O resultado é a criação de ilhas de calor: assim, a temperatura no centro de uma cidade, por exemplo, pode estar 6 graus centígrados acima daquela de bairros distantes (ou mais arborizados) e da zona rural.
Se ainda assim, você ainda não se convenceu de que deve plantar árvores espere para saber mais…
Sombra – ah que delícia uma boa sombra! Não é? Bem, se levarmos em conta a devastação e a não preocupação do reflorestamento, pode se preparar para sair de casa de guarda sol, pois a previsão é de que em 2030 nossas matas vão acabar!
Madeira – se você não tem nada de madeira na sua casa pode enviar seu nome para colocarmos no livro dos recordes. O mercado madeireiro é um dos que mais cresce no Brasil. Muitas empresas são clandestinas, e pouca gente se preocupou em saber se a madeira que está comprando é autorizada ou não. Se você usa madeira, por que não ajudar plantando?
Papel – não sei se você sabe, mas não há no mundo país que tenha um substituto para o papel vindo da madeira de árvores, sendo produzido em larga escala! Preocupante? Então imagine quantas árvores você já usou e vai usar só com papel!
Oxigênio – você respira? Bem, pode não conseguir mais daqui alguns anos. A poluição gerada pelas grande cidades estão desequilibrando a quantidade de oxigênio no mundo!
E uma novidade: Estudiosos afirmam que florestas muito antigas, que já atingiram seu equilíbrio, produzem a mesma quantidade de gás carbônico (liberado a noite) que a de oxigênio. E que florestas jovens, para poder crescer, liberam muito mais oxigênio do que gás carbônico. Isso significa que plantar uma árvore é produzir oxigênio!
Frutas – quem não gosta de uma boa fruta? Mas não pense que elas são produzidas em laboratório. Elas chegam à sua mesa, pois árvores às produziram. E se você fizer as contas deve ter gasto com frutas o bastante para ter mais de 100 pés de cada fruta que você gosta. Mesmo porque o gasto em se ter uma árvore é quase zero.
Fauna – que delícia ouvir o canto dos pássaros logo de manhã! Pois então! Plante uma árvore perto de sua casa e ouça o resultado! Se você estiver em zona rural, ou próximo à alguma floresta, ainda poderá receber a visita de diversos animais da fauna brasileira.
Primeiro vamos à nomenclatura
Nativa – ocorre naturalmente na região que se está tratando.
Exótica – não ocorre naturalmente na região que se está tratando.
Endêmica – espécie que ocorre exclusivamente na região que se está tratando. Uma espécie que é nativa da Austrália é considerada exótica no Brasil, como é o caso do Eucalipto. Uma espécie pode ser Nativa do Brasil, porém endêmica da Bahia, como é o caso da piaçava. Isso quer dizer que em São Paulo, ou em Amazonas, esta espécie é considerada Exótica.
Os benefícios de se plantar árvores nativas de sua região, além de não ter os problemas das exóticas, estão descritos a baixo:
- O alimento é exatamente os que os animais nativos precisam.
- Fazem parte de uma determinada floresta onde uma espécie ajuda a outra, de diversas formas.
- Dificilmente espécies nativas são exterminadas por pragas, pois já desenvolveram muito bem uma defesa para cada praga da região.
- Muito indicadas em plantios orgânicos, que desejam não utilizar agrotóxicos.
- A relação entre os nutrientes disponíveis, e os nutrientes necessários para a árvore, é harmoniosa.
- São as árvores nativas que os pássaros nativos procuram para fazer seus ninhos. Você já reparou que em matas de Eucalipto ou Pinus houve-se muito pouco ou quase nenhum som de pássaros e outros animas?
- E por último, se existem mais de 500 espécies só na Mata Atlântica, das mais variadas formas, das mais lindas flores das mais cobiçadas madeiras do mundo …
Porque NÃO plantar árvores exóticas?
- Por não terem predadores naturais, essas espécies podem se multiplicar sem controle, tornando-se assim uma praga, como é o caso do Eucalipto e da Leucena.
- Por não terem uma boa relação com a floresta nativa, podem competir desigualmente pelo espaço, chegando até matar as espécies nativas, como é o caso da Leucena, que em seu habitat natural com pouca água, desenvolveu uma substância que impede o crescimento de outras espécies ao seu redor, para evitar a competição pela água escassa.
- A proliferação pode ser descontrolada. Como é o exemplo também da Leucena. Em seu habitat nativo desenvolveu uma estratégia de produzir milhares de sementes. Isso porque a semente que encontrar apenas um pouco de água já irá germinar. Mas aonde o solo é seco só algumas sementes conseguem sobreviver. Aqui no Brasil, por ser um país tropical úmido, todas as sementes encontrar condições ideais para germinar. O que temos é uma disseminação tão intensa deste espécie que hoje é considerada uma verdadeira praga em nosso ambiente, em certos casos essa espécie invadiu as matas ciliares e acabou por dominar toda a área, ou seja, só nasce Leucena, e a BIODIVERSIDADE onde fica ?
- Algumas espécies exóticas tem as raízes muito bem preparadas para absorver toda a água que conseguirem. Como é o caso do Eucalipto, que absorve tanta água do solo, que este chega a ficar seco. Muitos locais estão com o solo pobre por terem sido invadidos por esta espécie, que muitas vezes é plantada por pessoas que desconhecem este problema.
- O maior erro em se plantar exóticas como Eucalipto e Pinheiros, é que estas espécies crescem muito rápido. Pessoas e empresas que são obrigadas judicialmente a reflorestar, utilizam estas espécies para mostrar o resultado o mais rápido possível. O que muita gente não sabe é que com espécies pioneiras brasileiras, consegue-se este resultado ou mesmo um melhor, tanto em termos de tempo quanto obviamente de qualidade, como é o caso da Embaúba, Monjoleiro, Mogno e tantas outras mais.
Não seja você mais um plantador de espécies não brasileiras
Fonte – www.arvoresbrasil.com.br

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Por que o mundo ficou melhor depois da Rio+20

sex, 22/06/12

por andre trigueiro |

O vídeo do Cidades e Soluções revela um esforço coletivo de reportagem para registrar – com todas as óbvias limitações inerentes à essa missão – o que de importante houve nos dias da Rio+20, especialmente nos eventos paralelos à cúpula dos chefes de Estado. De viva voz, as pessoas que participaram desses movimentos expressam os resultados alcançados. Esse mosaico de ideias e atitudes configura um dos mais belos retratos de como a sociedade civil organizada – e outras esferas de governo – não desperdiçou tempo no Rio.
Da mobilização dos prefeitos da C-40 ao programa Municípios Verdes no Pará.
Da espiritualidade contagiante de Leonardo Boff ao esmero tecnológico sustentável da dupla Imazon/Google.
Da erudição engajada de quem foi presidente (FHC) à forma esverdeada de fazer política de quem quase chegou lá (Marina).
Um formigueiro humano alastrou o vírus da “cidadania ecológica planetária” a partir do Aterro do Flamengo.
As mais incríveis e revolucionárias ideias foram transmitidas on line pelo do TedxRio+20 no Forte de Copacabana.
O consistente avanço do conhecimento científico na PUC.
Você pode até continuar achando que a Rio+20 não teve resultados importantes.
Mas o fato é que, a partir da Conferência, o mundo ficou melhor.
Se os governantes hesitam, há quem tome a dianteira e faça a diferença em favor de um mundo melhor e mais justo.
O mundo que nós queremos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

BURITI

Por Pindorama Filmes.
JUÇARA

Por Pindorama Filmes.
CARNAÚBA

Por Pindorama Filmes.
AÇAÍ

Por Pindorama Filmes.
BABAÇU

Por Pindorama Filmes.
CATOLE

Por Pindorama Filmes.
JERIVÁ

Por Pindorama Filmes.
TUCUMÃ

Por Pindorama Filmes.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

ITATIAIA

Por Pindorama Filmes.
VISGUEIRO

Por Pindorama Filmes.
PAU D'ALHO

Por Pindorama Filmes.
OURICURI

Por Pindorama Filmes.
MACAÚBA

Por Pindorama Filmes.
TAMBORIL

Por Pindorama Filmes.
LOBEIRA

Por Pindorama Filmes.
PEQUI

Por Pindorama Filmes.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

CURSO



Moringa oleifera: que planta é essa, que tudo dá?

Moringa oleifera (Família Moringaceae) / Fonte: natureasmedicine.wordpress.com

Moringa oleifera (Família Moringaceae) / sementes.

Moringa oleifera (Família Moringaceae) / floração.

As imagens da seca no nordeste estão sempre muito presentes nos noticiários. Entretanto, o uso de plantas que podem melhorar a qualidade de vida das populações que vivem nestas regiões não costuma ser notícia. Uma destas plantas, que já é utilizada no Brasil desde a década de 1960, é a Moringa oleifera, originária do norte da Índia. Hoje em dia o seu cultivo já se estende pela Ásia, África e Américas Central e do Sul. Por ser uma planta de fácil adaptação precisa de muito pouca água para se desenvolver, sendo também um plantio ideal no semi-árido brasileiro.
A Moringa é uma planta de múltiplos usos desde de suas folhas até as suas sementes, apresentando diferentes propriedades. As folhas de Moringa são fonte de uma alimentação rica em proteínas tanto para humanos quanto para animais. A tabela abaixo mostra a porcentagem de nutrientes diárias necessárias para uma mãe que esteja amamentando e para uma criança que tenha entre 1 e 3 anos, que são supridas ao adicionar-se três colheres de folha de moringa em pó na alimentação normal:
§  Proteínas - 42% - 21%
§  Cálcio - 125% - 84%
§  Magnésio - 61% - 54%
§  Potássio - 41% - 22%
§  Ferro - 71% - 94%
§  Vitamina A - 272% - 143%
§  Vitamina C - 225% - 9%

Assim, Moringa oleifera vem sendo utilizada como um importante complemento alimentar, como ocorre no nordeste brasileiro. Outra aplicabilidade da Moringa é a extração de óleo proveniente de suas sementes. Este pode ser utilizado tanto para cozinhar quanto para produzir sabão. O óleo obtido representa cerca de 40% do peso total de uma semente da árvore.

Purificação da Água
No entanto, a principal propriedade da Moringa tem sido a capacidade de suas sementes de atuar como um coagulante da água para a remoção de partículas, fungos e microrganismos patogênicos e cianobactérias. Estas sementes, após serem trituradas e adicionadas à água, se juntam as bactérias e criam partículas maiores. Estas decantam no fundo do recipiente onde está armazenada a água, sendo facilmente retiradas posteriormente. O processo consegue retirar entre 90 e 99,9% das bactérias, mas é aconselhado um procedimento complementar para o seu uso potável, como a fervura da água.
Este método de purificação da água já foi utilizado em países como o Malawi, inclusive em tratamento de água em grande escala, e os principais estudos a esse respeito são do Enviromental Engineering Group (Grupo de Engenharia Ambiental), da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Como purificar a água com sementes de Moringa oleifera?*
Para tratar 20 litros de água (quantidade equivalente a um balde grande) são necessárias cerca de 2 gramas de sementes de Moringa oleifera trituradas (duas colheres de chá rasas de 5 ml ou duas tampinhas de refrigerante cheias). Adicione uma pequena quantidade de água limpa às sementes trituradas para formar uma pasta. Coloque a pasta dentro de uma garrafa vazia – uma garrafa de refrigerante é ideal. Adicione uma xícara (200 ml) de água limpa e agite por 5 minutos. Esta ação ativa as substâncias químicas nas sementes trituradas.
Filtre a solução com um pano branco de algodão colocando-a dentro de um balde de 20 litros com a água do rio. O conteúdo deve então ser misturado rapidamente por 2 minutos e depois misturado vagarosamente por 10–15 minutos. Durante este período por se estar misturando o conteúdo lentamente, as partículas das sementes da moringa se agregam com o material particulado e formam partículas maiores, as quais decantam no fundo do balde e lá permanecem. Após uma hora, a água limpa pode ser retirada.

*Esta explicação de como purificar a água se utilizando das sementes da Moringa oleifera foi retirada do manual elaborado por Geoff Folkard e John Sutherland, da TFLZ (Tearfund International Learning Zone).
Agradecimento especial à Professora Ana Cláudia Pimentel, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ.