Bosque do Compromisso, Pq do Estado II, Mogi Mirim - SP, Brasil.

domingo, 19 de janeiro de 2014

A história do pau-rosa

A história do pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke), uma espécie da floresta amazônica que quase desapareceu de tanto que foi explorada.




Publicado em 01/10/2011
O Linalol é a substância extraída da árvore Pau-rosa aniba rosaeodora, uma espécie da Floresta Amazônica,que quase desapareceu de tanto que foi explorada . O linalol é um dos mais importantes fixadores usados pelas indústrias de perfume do mundo.

Fonte:http://www.youtube.com/user/cultura?feature=watch


ÓLEO ESSENCIAL DE PAU ROSA - PROF. DR. LAURO BARATA

Publicado em 13/11/2013
OUT/2013
SANTARÉM/PA
VII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

Entrevista com o Prof. Dr. Lauro E.S. Barata, pesquisador associado do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) que desde 2001 vem desenvolvendo um belíssimo trabalho de extração sustentável do óleo essencial de pau rosa, a partir de suas folhas.

O óleo essencial de pau rosa é um líquido amarelo-dourado que apresenta um delicado cheirinho doce; considerado uma matéria-prima de grande importância para a indústria de perfumaria fina.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=i3ghFgXCha4


Os Aromas e Essências da Amazônia




Publicado em 30/09/2011
Cientistas pesquisam plantas da Amazônia que fornecem óleos essenciais para a produção de perfumes.

Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=lJVvvG1ID9k&list=PLgf-D9eA0lFQoBwdZpKi3_4NY36giKuIn

sábado, 18 de janeiro de 2014

Jaracatiá

Jaracatia spinosa (Aubl.) A. DC.
Sin.: Carica spinosa Aubl., Jaracatia dodecaphylla (Vell.) A. DC., Carica dodecaphylla Vell.
Angiospermae - Caricaceae

jaracatiá, mamãozinho, chamburu, mamoeiro-bravo, mamoeiro-de-espinho, barrigudo

Características - o jaracatiazeiro é uma frutífera raramente cultivada e pouco frequente em seu habitat natural no sul da Bahia até o Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, em várias formações florestais. É uma árvore decídua (Planta que perde as suas folhas em época de seca, em resposta fisiológica para minimizar a transpiração), pioneira e lactescente, de 10-20 m de altura, de tronco engrossado na base e não lenhoso, de 70-90 cm de diâmetro. Folhas palmaticompostas, com folíolos membranáceos e glabros (que não apresentam pelos, tricomas ou estruturas similares na sua superfície externa). Flores formadas em setembro-outubro. Frutos muito lactescentes, contendo polpa carnosa, de sabor doce e picante, porém agradável, que amadurecem no verão.

Utilidades - os frutos são consumidos principalmente no estado natural, contudo antes devem ser feridos para a liberação do látex; os ramos são usados para o preparo de doces.

Multiplicação - propaga-se facilmente por sementes e por estacas dos ramos.

Fonte: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas: (de consumo in natura) / Harri Lorenzi ... [et al.] . -- São Paulo : Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2006.







Árvore 

Ilustração botânica




 Primeira frutificação no Bosque do Compromisso - janeiro de 2014

Tamanho dos frutos

Doce de jaracatiá em calda processado 
Crédito: Evanilda Prospero






"Em meados de dezembro do ano de 2007, logo no início do Projeto Bosque Vivo, plantei as primeiras mudas de árvores nativas em uma área que fica em frente à minha morada, denominada oficialmente como Bosque do Compromisso, que compromisso mesmo só no nome, pois estava e ainda está abandonada pelo poder público de Mogi Mirim. Dentre as primeiras mudas plantadas, estavam três indivíduos da espécie Jaracatia spinosa (Aubl.) A. DC., popularmente conhecida como jaracatiá e que hoje, dia 18 de janeiro de 2014, tive a grande satisfação de colher os primeiros frutos, só peço a Deus que proteja esta área com todos os seus espécimes, tanto vegetais, quanto animais das mãos de pessoas que não conseguem respeitar e entender o grande valor da preservação ambiental, para o futuro de todos neste magnífico planeta..."

Hélio Cavalhéri Júnior

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Pesquisa da ESALQ/USP sobre o Jaracatiá

Jaracatiá é aproveitado como produto eco gastronômico

Por Da Redação - agenusp@usp.br
http://www.usp.br/agen/wp-content/themes/agen/images/data.gif
 Publicado em 17/março/2011 | http://www.usp.br/agen/wp-content/themes/agen/images/editoria.gif Editoria : Tecnologia | Imprimir Imprimir | 

Alícia Nascimento Aguiar, da Assessoria de Comunicação da Esalqalicia@esalq.usp.br

Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP, em Piracicaba, uma pesquisa desenvolveu formas de aproveitamento do jaracatiá, fruto de uma árvore da Mata Atlântica em risco de extinção. Para levar a fruta até a alta gastronomia, a pesquisadora Evanilda Teresinha Perissinotto Próspero elaborou uma formulação de “Doce de jaracatiá em calda”. O estudo sugere a comercialização da fruta e do doce como produtos ecogastronômicos, trazendo sustentabilidade para as comunidades e o ecossistema onde estão as árvores.

Doce teve 100% de aceitabilidade, com fruta in natura ou congelada



O fruto in natura foi analisado a partir das amostras das regiões de São Pedro, Brotas e Santa Maria da Serra (interior de São Paulo) quanto ao peso, medida, densidade, textura, cor da casca e da polpa e atividade de água. Também se verificuou o pH (acidez), teor de sólidos solúveis, acidez titulável, carotenóides, ácido ascórbico, açúcares totais e redutores, fibras solúveis e insolúveis, minerais; umidade, cinzas, proteínas, lipídeos, carboidratos, valor calórico total.

A caracterização serviu para desenvolver o “Doce de jaracatiá em calda”, nomenclatura estabelecida pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a partir de duas variáveis — fruta in natura e fruta congelada. O produto foi elaborado na Planta de Processamento de Alimentos do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN) da Esalq, verificando sua estabilidade por intermédio de parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e sensoriais pelo período de 1, 30, 60 e 90 dias.

Para avaliação da estabilidade do doce realizaram-se análises de pH, acidez titulável, teor de sólidos solúveis, atividade de água e cor, além de estudos microbiológicos (bolores e leveduras) e sensoriais (aparência, odor, sabor, textura, intenção de compra). A análise sensorial do doce de jaracatiá em calda mostrou a preferência do produto para as amostras de Brotas e São Pedro, por serem frutas em maior grau de maturação. Houve 100% de aceitabilidade do doce processado tanto para fruta in natura como para fruta congelada.


Fruto
A Jaracatia spinosa (Aubl) A. DC é uma árvore originária do bioma da Mata Atlântica em risco de extinção em muitos estados brasileiros, cujo fruto e látex são utilizados pelos indígenas para fins medicinais. Seu fruto, o jaracatiá, tem baixo valor calórico e altos teores de fibras, bem como de cálcio, magnésio e potássio.



Os parâmetros avaliados puderam caracterizar as frutas de cada região. Assim, entre as regiões de coleta, as frutas de Brotas se diferenciam das demais regiões pela textura e maior comprimento, as frutas de São Pedro são mais coloridas e as de Santa Maria da Serra se destacam por apresentarem uma fruta mais doce e com mais vitamina C.

“A fruta e o doce na forma de compota do jaracatiá, tradicionais da cidade de São Pedro, apresentavam-se em risco de extinção há 15 anos e, com o envelhecimento das doceiras antigas que dominavam a técnica, o doce parou de ser confeccionado”, ressalta a pesquisadora. “As árvores nativas, devido à expansão urbana, tornaram-se esparsas no entorno da cidade, correndo o risco de desaparecer”.

A pesquisadora destaca que a agroindústria de pequeno porte ou agroindústria artesanal representa para comunidades, grupos ou cooperativas, uma forma de extensão da renda das famílias. “Possibilitar a abertura de um mercado que favoreça a cidade de São Pedro, os municípios vizinhos e outras regiões de mesmo ecossistema, pode revigorar o plantio da árvore no seu habitat natural e proteger a biodiversidade”, analisa Evanilda.

A pesquisa com o jaracatiá faz parte da dissertação de mestrado de Evanilda, apresentada no programa de pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Esalq, com orientação da professora Marta Helena Fillet Spoto.


O trabalho integra um projeto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que inclui a elaboração de um DVD técnico com as etapas do processamento térmico do “Doce de Jaracatiá em Calda” e um DVD com documentário histórico-cultural da árvore e da fruta. O projeto também aborda a utilização dos resíduos, sementes e mucilagem, de onde se pode extrair o óleo e fibras, que são descartados no processamento do produto.

Imagem: Evanilda Próspero

Mais informações: (19) 3429-4150